ESTAR MAGRA É ESTAR NA MODA?
Há quem diga que a ditadura da magreza acabou,
será que acabou mesmo?
A história da ditadura da magreza vem desde a década de 60 com a menina Twiggy, na época com 16 anos e um problema para ganhar peso, o seu corpo muito alto e magro chamou a atenção e tirou de foco as modelos curvilíneas da época. Já na década de 90 a moda das mulheres altas e magérrimas voltou no corpo da modelo Kate Moss e assim continuou até os dias de hoje.
Geralmente essas modelos usam manequins que variam do 34 até no máximo o 38 e se vestem manequim 40 já são escaladas para o time das modelos plus-size ou seja as modelos mais gordinhas.
Quem nunca quis aquela calça jeans ou aquele vestidinho lindo na vitrine? A decepção é que a loja na maioria das vezes não trabalha com a modelagem acima do 40 e as mulheres que tem o quadril mais largo ou um volume um pouco maior nos seios não consegue comprar aquela peça. Quem nunca saiu arrasada de uma loja porque depois de se encantar com uma peça se decepciona porque não conseguia fechar o zíper e aquele era o ultimo tamanho. A sensação é decepcionante, da vontade de entrar na primeira loja de roupas para obesos e comprar tudo!
Mesmo com lojas especializadas e modelos plus-size em alta, ainda tem aqueles estilistas que continuam a afirmar que as roupas só têm um bom caimento em modelos super magras, ou seja, sem quadril e sem seios. E que as mulheres mais cheinhas tem que se esconder embaixo de tecidos leves que escondam o volume do corpo.
A modelo brasileira plus-size, Flúvia Lacerda, foi descoberta em uma praça em Nova York trabalhando como babá, e hoje é uma das top models mais requisitadas para ensaios GG. Ela disse que nunca se sentiu mal em ser cheinha e que não é preciso ser magrela para ganhar dinheiro com a beleza.
A questão da alto-estima pode ajudar bastante nesse ponto. Não se exponha a excessos de exercícios e de dietas malucas que podem lhe deixar doente, compre roupas que lhe deixam sexy e confortável e acima de tudo goste do seu corpo do jeito que ele é. Não se deixe levar pelo que os outros dizem.
Moda para todos os tamanhos no Recife
Aqui no Recife algumas mulheres descobriram o fim da ditadura da magreza na Penélope, uma loja itinerante aonde a vendedora vai à sua casa com modelos de roupa garimpados em lojas de todo o Brasil. Nessas buscas de modelos tradicionais cintura alta e modelagem maior a Penélope encontrou a marca Loony de São Paulo que tem modelos com lavagens diferenciadas que seguem as tendências da moda e que são confortáveis para as mulheres que gostam do modelo tradicional. A Penélope também tem um ponto fixo em Na Rua Alfredo Fernandes em casa Forte.
“Selecionamos cuidadosamente as peças. Nosso critério de avaliação é rigoroso. Mantemos a atenção ao design, à qualidade no acabamento e aos tecidos utilizados”, diz a dona da Penélope, Patrícia Sivini, que só trabalha com peças exclusivas.
Isabeli Fontana
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Flúvia Lacerda |